Análise OSCAR 22 – Estamos Representados?

Como louca por filmes, sempre na semana anterior ao Oscar dou uma acelerada para assistir os destaques das listas de apostas. Dessa vez consegui assistir:

 Ataque dos Cães, um western americano de dois irmãos onde vai ficando claro que um deles é gay enrustido e se incomoda muito que o outro (muito mais gentil) se casa com uma viúva que tem um filho que tem jeito mais delicado e assim a história desenrola, o destaque do filme é ter sido dirigido por uma mulher.

Também vi CODA – No Ritmo do Amor, uma família de surdos onde só a filha escuta e persegue o sonho por cantar, lindo, e não leve, porém também com seus toques de mostrar as mudanças na sociedade com a aceitação dos PCD´s, também com o destaque da mulher se alçando a seus próprios voos.

King Williams: Criando Campeãs é a biografia do pai das tenistas ultra campeãs, Serena e Venus, e todo seu esforço de fazê-las vencer através do esforço.

E além disso, eu como mãe já havia assistido umas 15 vezes a animação Encanto que conta também uma história de “ está tudo bem sermos quem somos” na Colômbia país Latino, com muita música e vários nuances para que a próxima geração já venha com isso naturalizado.    

O Oscar de melhor filme ficou para CODA – o que muitos consideraram ser injusto – e que ainda mostra o nosso atraso enquanto sociedade, e o Ataque de cães ficou com a direção, sendo que é apenas a 3ª vez na história do Oscar que uma mulher, Jane Campion, ganha a Estatueta por essa categoria. 

Sem deixar de citar que já estava na minha lista “Não Olhe para Cima”, que tem Leonardo Di Caprio e seu ativismo contando a história de dois astrônomos considerados medíocres e que descobrem que em poucos meses um meteorito destruirá o planeta Terra. E o filme se passa na luta deles em avisarem a todos e que não são levados a sério. Muita gente que conheço já se sentiu assim, e não foram poucas vezes.  

Acredito sim, que todos esses filmes têm uma representatividade do que somos, em mostrar o que vivemos, não é porquê as evoluções estão no que mostra o machismo do western americano que não estão na esperança e nos avanços já alcançados por CODA. Se pensarmos na primeira premiação ao vivo depois de mais de 2 anos de pandemia, ver a esperança que o CODA traz talvez seja necessária.

Precisamos querer todas essas evoluções que os principais filmes mostram? Sim, e é continuar querendo e sonhando como em um desenho animado do tipo Encanto que vamos alcançá-las o quanto antes!