Dia do Trabalho
maio 1, 2020
Quando se conhece a origem do feriado do Dia do Trabalho: a data surgiu em 1886, e registra os trabalhadores americanos fazendo uma paralisação no 1 de maio para reivindicar melhores condições de trabalho, não se poderia prever aí uma diferença entre os próximos trabalhadores: homens ou mulheres. Seria um recomeço, e geneticamente poderia ser para ambos. Afinal mudança anatômica preexistente não existe. Somos todos iguais.
Mas se olharmos para o dia de hoje, 134 anos depois, enxergamos grandes diferenças entre eles. E os porquês uma vida, nas mesmas condições, acaba sendo tão diferente para cada gênero.
Quem nasce sob a luz de funções pré-determinadas pela nossa sociedade sempre machista: a mulher. Ela tem que ser mãe, esposa, dona de casa, trabalhadora, amiga, etc.
“Ahhhh, mas isso era antes, no tempo de nossas mães”. Será mesmo? Se olharmos a questão é fácil ver que muito pouco se alterou. O preconceito se manteve.
Hoje, o que se vê é que a mulher tem a possibilidade de fazer uma faculdade, mas nessa fase, quando começa os estágios tudo muda, dependendo da empresa, já se pensa: “Poxa! Essa tem talento, mas, daqui uns anos vai ter que parar, vai vir aquela licença, e depois nunca mais vai ser a mesma”.
A mulher naturalmente esbarra em muito mais obstáculos. Na vida profissional, ela tem que desde o dia ZERO aprender a se vestir de uma forma mais masculina, para ser encarada de uma forma “séria”, “respeitosa”, não pode deixar transparecer aquilo que nesse meio não é bem visto: sua feminilidade, algo que lhe é inerente, e que acaba por ser abafado, dia após dia.
O pensamento de que a mulher sempre precisa do homem ao lado para dar certo na vida, que se optar por uma vida independente ou voltada para outros objetivos, ainda é muito vista: “Essa ficou para titia”, reflita você se o homem, fizer essa opção, e não resolver casar, ele apenas fez, e a sociedade nem questiona muito.
E a que encontra, o amor, e segue o caminho da maternidade, essa, no fundo, sabe a grande escolha que está fazendo na vida, vai ter que ser a louca da casa, pois se conseguir depois de míseros 3 (ou em “ótimas” empresas 6) meses, voltar para mercado, sabendo que deixou com alguém da família, ou uma babá, seu mais rico diamante. Tendo que engolir, um tal de puerpério, que para muitas, pode não passar de um “bad mood”, uns dias ruins, uma longa TPM, mas para outras tantas demora a passar até colocar os hormônios no lugar, e até lá ela, ou já entrou para alguma estatística ou já foi engolida pelo sistema de novo.
Então, que nesse Dia do Trabalho, se pense ao menos que Equidade, nome tão em moda, é não apenas saber das diferenças, mas tratá-las como elas são. Entender que é preciso dar as devidas condições que a mulher merece para evoluir, e não precisar ser a equilibrista de vários papeis da vida sempre!!!