E de volta ao homeschooling…

Com um tantinho de esperança, mães e pais de muitos lugares do Brasil esperavam que esse dia não chegasse. Mas chegou! E se faz muito necessário.

Escolas fechadas, crianças de volta às telas. Bem, na verdade, nunca saíram. Desde de Março do ano passado muita coisa mudou e aqui estamos: com uma geração inteira crescendo na frente de computador, smartphones, e outras telas.  

Se para nós, que já tínhamos a noção de como era terminar um dia cansativo de trabalho com os olhos ardendo, imagina para eles como está sendo. Dá para imaginar? Ainda não! Só aqui alguns anos saberem, propriamente, o que está sendo “a temporada de telas”.

Claro que habilidades foram descobertas, mas as perdas que os especialistas já preveem (ou melhor, se sabe mesmo) serão muito muito grandes.

Estamos falando aqui de atrasos em diversas matérias, evasão escolar, crianças que não serão alfabetizadas.  Afinal para piorar estamos no Brasil, onde o acesso à internet é completamente desigual, o que se tem aqui no Sul e Sudeste já é difícil, nem de perto se compara quando subimos o país.

Em casa tenho duas situações diferentes: a mais nova, de 4 anos, não parece se preocupar tanto assim se está ou não na escola, mas no dia que não quer assistir as aulas não quer mesmo. Diz coisas do tipo: “computador é mais legal para ver vídeo”, “me deixa fazer reciclável” (um hábito da casa), ou quer por o uniforme.

Já o mais velho, quase 7 anos, atrasou sim no aprendizado em 2020, teve até mudança de escola por aqui, entrou no letramento mesmo agora, mostra interesse pelas atividades, mas a cada intervalo das aulas, voa para o bendito/maldito do tablet e joga alguma coisa.

E olha que eu era super rígida com a política do não acesso às telas, tinha (e ainda tento ter) horário e tempo limitado de acesso. A mais nova nem sequer conhecia televisão antes de tudo isso começar. Acredito nos distúrbios que causam o excesso de tela, de como nos, como pais, nos acomodamos se a criança estiver lá quieta com um eletrônico nem nos preocupamos em procurá-los.  Sempre quis ser diferente. Afinal trabalho com Sustentabilidade.

Mas cá estou me vendo entre tentar escrever, organizar cursos, prospectar e atendê-los nas necessidades escolares dividindo com a escola algo que muitos dos entrevistados aqui já falaram um trabalho de 4 mãos.

A neurociência explica sobre tudo isso, o cérebro deles é muito flexível, e se adaptam bem mais que nós. Já entenderam que está assim, e seguiram…a que custo? Veremos no futuro!